Crítica por Felipe Bernardo | Filmes: Noé e Êxodo - Deuses e Reis
- lairranateles
- 27 de jan. de 2015
- 3 min de leitura
Que os filmes religiosos e bíblicos estão invadindo as telas de cinemas em todo o mundo não é novidade, né? Entretanto, muitas vezes (nós cristãos) esquecemos que estamos nos referindo a "esfera" hollywoodiana, e partimos para assistir aos filmes com aquele pensamento que já conhecemos a história da bíblia e etc. E quando, por fim, o filme acaba, saltamos aquele nosso olhar crítico de "é isso?!", bem... sim, é isso. E porque não seria? Não podemos nos achar no direito de julgar hollywood e seus diretores por deturpar um pouco os filmes religiosos, até porque, será mesmo que faria sucesso de bilheteria se não tivesse uma pitada de ficção e fantasia? Será mesmo que você ficaria animado e ancioso para assistir ao filme? Óbvio que não. Bem vindo a nossa sociedade, onde tudo tem que sair um pouco do normal e do que é fato e histórico, para passar a ser uma fantasia e imaginação humana.

Vamos lá ao comentário do meu amigo:
"No filme Noé (Com Russel Crowe, 2014) só foi pego alguns fragmentos da bíblia, pois ele é muito hollywoodiano. Primeiro transformaram os anjos em montros de pedra, temos Matusalém com uma espada que destrói uma boa parte do Éden, sem contar que Noé e sua família usam roupas e viajam como se estivessem nos dias de hoje. Sei que isso foi uma critica ao mundo atual, mas o filme é bíblico. A questão é que o filme aborda um Noé como um homem lutador, mas ao mesmo tempo alguém altamente burro por não saber fazer a interpretação que Deus passa a ele, se transformando numa pessoa que segue a palavra de Deus "à risca", mas não consegue entender ela quando vem os acontecimentos da vida. Tanto que quando o seu primogênito tem as duas filhas, ele diz que elas tem que morrer. Moral da história, tentaram dar uma cara ao texto bíblico, mas acabaram entrando no mundo da fantasia somado ao da realidade.
Já Exôdo - Deuses e Reis (Com Christian Bale, 2014), se mostra diferente já começando com Moisés sendo um dos generais e salvando a vida do seu "irmão" que mais tarde vira rei. O filme respeita 80% da bíblia, mas não quer dizer que segue ela fielmente. No filme Moisés não empurra o soldado que estava chicotiando o escravo, mas dá uma lição de moral. O que acontece é que, Moisés pergunta ao soldado: "Por que esta chicotiando este homem?", Resposta do soldado: "Porque ele não está trabalhando direito.", bem, e é nessa parte que vem a fala de Moisés, que diz: "Não vê que esse homem está sorrindo. Do que adiante chicotiar ele, se ele sorri.", como você pode ver, nesta parte a fala já demostra uma modificação de comportamento, e até a maneira que ele descobre que é hebreu também é modificada.
Mas, neste caso, não só a fantasia e as coisas do mundo atual são colocadas não-explicitas no filme, um detalhe que me chamou atenção foi colocar Deus como uma criança, você vai perceber também que na hora que o povo do Egito é castigado quase não se mostra Moisés. Também não posso esquecer de mencionar que quando ele conhece sua mulher até eles terem um filho é questão de 2 minutos no máximo, foi super rápido e não deram muito foco para isso, e também é preciso ressaltar que Moisés não estava muito firme com Deus, ele estava fazendo aquilo, mas ainda não tinha fé, seria 'meio' que um sentimento de vingança contra o irmão. O dialogo Deus e homem é deixado de lado. Além de parecer que Deus estava com raiva do povo egpicio e que forçou a barra para libertar os hebreus.
Como vimos, ambos os filmes respeitam moderadamente a bíblia, mostra muitas coisas, mas tem alguns defeitos, por deixar Deus em segundo plano principalmente, foi o que senti já que eles só mostram Deus punindo. É um bom filme sim, mas Hollywood esqueceu que o filme é religioso e colocou uma pitada de ficção exagerada."
(Por: Felipe Bernardo).
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