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Filme: 50 Tons de Cinza - Minha análise crítica.

  • lairranateles
  • 4 de mar. de 2015
  • 5 min de leitura

*contêm spoillers*

Desde já quero deixar claro que não li o livro, e nem pretendo ler. Prefiro ter que assistir aos filmes.

Começo expondo minha opinião sobre o diálogo do começo do filme, achei um diálogo fraco, e não muito explorado, quando a personagem pergunta a ele na entrevista, como conseguiu ter uma empresa de sucesso sendo ainda tão jovem, o personagem atribuiu o sucesso dizendo que sabe o que as pessoas querem, o que as motivam e inspiram, sendo que é uma empresa de telecomunicação, ou seja, a autora pareceu preguiçosa e manteve o lado clichê quando o personagem alegou que quanto mais trabalha mais sorte tem e que a chave do sucesso está em identificar pessoas capacitadas e agregar seus esforços, o que me lembrou umas das politicas de recursos humanos (nisso ela acertou), mas o personagem ficou 'humano' demais, o que o contradiz um pouco. Além de ser um comentário insinuativo nos lembrando do que se trata o filme.

Também teve, além de fracas, frases clichês, como "não tenho coração..." e etc, e o filme apela para o clássico "A bela e a fera", a tal frase "não sou homem pra você, é melhor ficar longe de mim..." aparece fortemente.

Em meio aos diálogos achei as expressões faciais dos atores forçadas demais, ou senão neutras demais, beirando sempre ao extremo. Tipo... tudo muito demais. Apesar disso, o personagem demonstra interesse na pessoa que aparenta ser insignificante, é reparador e observa além da aparência. Quando ela se auto-crítica ele demonstra certa valorização, e isso passa uma mensagem até interessante para o público de hoje em dia, que vê somente a aparência. Houve também diálogos vagos, frases como "ele é meio intimidador", o filme deixa explicito que isso é obvio. A personagem parece sempre estar com tristeza e angústia, o que nos lembra a atriz Kristen Stewart, a Bella, da saga Crepúsculo. Afinal, o filme todo é um "Crepúsculo", só com excessão que a protagonista Dakota Johnson se desenvolve um pouco melhor nas ações do que a Kristen Stewart. Talvez por ter mais idade e experiências. Outra coisa que pude claramente notar (não só eu) é que a atriz gagueja muito frequentemente, interrompendo as frases, deixando as conversas meio forçadas.

Sobre o personagem - Sr.Grey, é cheio de possessividade excessiva durante todo o filme. Outra coisa é que a personagem tem sempre um olhar sedutor, como se estivesse sempre convidando para algo ou insinuando o tempo todo, ou seja, não é muito ingênua, então, porque se manteve virgem até então? Achei contraditório. Outro fato irônico sobre a virgindade da personagem é que ela de fato é virgem, mas consegue "encher a cara" numa boa, bebendo em várias cenas do filme, a cada parte do filme a personagem bebe uma bebida alcoólica, se fosse na vida real ela seria uma pessoa alcoólatra facilmente (essa também foi uma das criticas gerais do publico). O filme também passa a mensagem que a virgindade é atraente, pois ao saber que a personagem é virgem ele fica mais atraido e "encantado" por ela.

Também podemos ver que toda a mulher gosta de verdade é de um homem controlador e protetor ao mesmo tempo, e não os "bonzinhos agradáveis demais". (Serve até de conselho pros homens, infelizmente, mas é a verdade em 80% do universo feminino). O filme não te faz mergulhar na história e nos personagens por inteiro, mas faz imaginar os bastidores e a atuação, você olha e pensa "como conseguiram filmar isso?" (para quem não leu o livro, e já viu o filme com um olhar critico, como eu), o que é ruim, pois o filme é esquecido rápido. Eu tive a sensação que o filme sai de um estado de "estamos indo devagar" para um "agora vamos!" do nada, eu vi isso quando o personagem – o Sr.Grey, muda de pensamento e atitudes repentinas ao decidir “tocar” na personagem através de um contrato, sendo que antes ele não estava querendo começar o tal "relacionamento sádico". Ou seja, tempo curto, e muita história pra contar, isso é coisa de produção baseada em best-sellers. Outra coisa que pude perceber, é que o personagem sempre manteve boa conduta e educação ao falar, entretanto, do nada ele salta uns 'xingamentos', tipo "vou chutar o balde" (rsrs).

Todavia, tem uns pontos positivos do filme que queria ressaltar, (bem, eu consegui enxergar isso como positivo), é que num ponto vou ter que descordar com a maioria das criticas que alegam que o personagem é agressivo e incentiva a violência doméstica, ao contrário, parece que o personagem (ao meu ver) demostra cuidado e proteção a personagem, além de querer impressionar com um passeio de helicóptero e assumi-la ao público e ao pai dela, acho que não seria uma incentivação a violência doméstica, mas sim a ostentação de um mundo de status e luxo, pois todos ao redor viam ele como um "homem rico, jovem e lindo" ao mesmo tempo (desejo de muitos atualmente).

Partindo para o lado "chocante" do filme...

O personagem é realmente sádico, tem até "açoites" no quarto "de jogos" (como ele descreve), a parte que não consigo compreender, e acho que quase ninguém, é a recompensa que ele oferece para ela se entregar a ele e aos seus joguinhos. A recompensa? Era ter a ele. (??) nada de carinho, amor ou até mesmo dinheiro... (pelo menos) mas sim simplesmente ele. Ela diz "que recompensa vou ter?", ele diz "você terá a mim". Meio vago, talvez a escritora tenha ficado com preguiça de manejar algo mais convincente para ela aceitar tudo aquilo, afinal, dava medo e era algo novo (como alega a própria escritora). E estaria ela sentindo algo tão forte assim a ponto de se entregar a tudo que era novo sem questionamentos? Sendo que conhece o personagem a tão pouco tempo. Contestador.

Um pouco mais sobre o "Sr.Grey" é que ele não é nada romântico, mas adora "romantizar" com um passeio de avião, ironia do personagem, ele gosta de relaxar e esquecer os problemas indo ao quarto de "jogos" e impondo a ela, o que já deixa o filme um pouco cansativo, fora que em algumas cenas o filme traz uma nostalgia de "momento saga Crepúsculo", principalmente a cena dele tocando piano num quarto escuro. Outro fato, Ela quer dar carinho e amor, e ele resisti em não aceitar, para não abrir espaço para ela conhecer o seu passado sombrio. Como eu já disse, típico de um "A bela e a fera".

Na cena que considerei a mais... Digamos 'impactante', em que ela é praticamente chicoteada (lembra a crucificação, sério), eu quase chorei (rs) mas o assunto é mesmo sério. Afinal, pra que isso tudo? Quem sente amor numa coisa horrenda dessas? Ai vem aquele velho papo dos fãs... "ele vai mudar no segundo livro... ele vai se tornar mais romântico etc...", agora só aguardando para vê.

Enfim,

para acabar, sério mesmo que ela é bonita? Eu não acho. Tudo bem, a personagem do livro poderia ser linda, mas então porque Dakota como escolha?

Assim como Kristen Stewart, ela tem uma aparência sem "sal", só um rosto delicado e meigo, mas nada de tão lindo. A mãe dela é mais bonita. Apesar que até Kristen Stewart está amadurecendo e ficando mais bonita que Dakota de uma certa forma.

Bem, cada um com seu gosto e sua beleza né, o que importa é a escolha da autora, pois os personagens pertencem a ela, e ela sabe muito bem o que fazer com sua história não é? Principalmente, quem vai ser seus personagens no cinema.

Por: Lairrana P.Teles. (fica claro que essa análise é baseada em minhas opiniões).


 
 
 

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